sábado, 18 de abril de 2009

ai doi

Ai
Agora que a chuva cai
e doi
ai... doi-me no peito a tua ausência
no meu corpo. No meu leito.
Ai. Se me deito ... Logo não temo . Tremo.
O leito é estreito . É estreito .
Para as noites em que a solidão tamanha,
me rasga, me arranha, me traz como uma aranha
embrulhada num manto, manto d'água , manto pranto.
Manto de que me alimento. Onde me encanto.

Ai... doi! Doi-me no peito quando vais embora. Doeu-me
nesse tempo e doi-me agora. Doi-me que me deixasses
quando estava ali , taça de sonhos, receptiva para ti e
tu não percebias nada e foste embora !