quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Raios partam os malucos

Nova janela

Raios partam os malucos!.

E boca kiuza. Não vá a alma falar mais alto, ou o coração abrir as portas e uma ventania uivante e estonteante entrar por ali a dentro e esvaziar o que tão bem se juntou durante anos. Porra!  Imagina-te lá a entrar-te uma ventania pelo coração a dentro, Incontrolável e incontida a esventrar-te a aorta, a cava o ventrículo esquerdo e o direito limpando o que acumulaste de imagens e sentidos durante épocas sucessivas de relações inférteis, de empregos mal sucedidos, frustrações de cama e de silêncios e de gritos e de conversas sem sentido e de projectos feitos e refeitos e mal sucedidos?

Melhor calar a boca! Porra! Melhor calar a boca! Ver jogos de futebol sucessivos, e filmes e filmes, e televisão, e fumar entre 40 a 50 cigarros por dia. Porra! Era o que faltava! Não, comigo não! Não vá um gajo tornar-se saudável, começar a levantar-se às oito da matina para dar passeios na natureza e começar a acompanhar com aqueles gajos que fazem meditação, andam para ali a fazer gestos em silêncio e a chamarem-lhe Tai Chi, e até dizem que vêem coisas... Porra! Comigo não! Chiça! Amanhã joga o Sporting. Sagrado! Sagrado! Olha lá! ... a mulher até queria que eu deixasse de fumar! Chiça! Raios partam os malucos!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Resposta a COMUNICADO COFFEEPASTEE

 Em resposta a um comunicado do Coffeepaste onde decidemdeixar de publicar  anúncios de trabalhos profissionais não remunerados 

Cumpre-me dizer o seguinte.  Entendo muito bem as vossas razões
e agradeço as vezes que divulgaram o nosso trabalho de forma útil
e sem comparticipação da nossa parte.  Tornou-se infelizmente um hábito
alguns  empresários pensarem que só eles pagam impostos, rendas e inerentes,
se alimentam e se locomovem. Só daí poderá advir tanto descaro tal proliferação
de oferta de trabalho não remunerada. 

Ressalvam no vosso comunicado e muito bem, actividades de amadorismo ou projectos
escolares.  

Fiz durante alguns anos parte de um grupo de teatro amador, com muita honra.
Já que infelizmente na maior parte dos casos, ou totalmente,  está vedado o apoio monetário
de uma Secretaria de Estado da Cultura (pergunto-me se ainda existirá tal organismo? ou a
existir, se terá alguma funcionalidade prática?) haja alguém que apoie tais artistas que qual
Bombeiro Voluntário acodem em tempo de crise a salvar as alminhas da tristeza e depressão.

Assim, louvo a vossa atitude e exprimo a minha gratidão pelo vosso trabalho.

Saudações fraternas
Virgínia de Sá