quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Príncipes e sapos

Príncipes e sapos

Às vezes a chuva bate forte.
Fica a doer no corpo como um laço de corda.
A corda fica bamba.
E bamba , a corda bamba e eu balanço nela e cheira-me à canela.
Como um doce de arroz onde se prende a trela.
Há sempre uma panela na cozinha, que cozinha .
Ao canto da cozinha um sapo que é uma rela.
Ferve panela !
Há sempre um príncipe que nunca entrou nela.
Ferve sapo, vira príncipe.
Arde fogo na panela. Cozinha a rela.
Tira-me a sela ! Solta-me a trela!